quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Low Carb

Entendendo a dieta low-carb – Parte 1
Não há dúvidas que os americanos estão mudando a sua visão do que constitui uma dieta ótima. Adeus 0% de gordura, cookies lotados de açúcar! Seja bem vindo bife orgânico com espinafre! As pesquisas recentes estão mostrando evidências convincentes no que diz respeito aos verdadeiros culpados pelo aumento de peso, doenças cardiovasculares e diabetes, que podem te surpreender. Embora o conceito low-carb (poucos carboidratos) possa parecer uma “mania”, é na, verdade, a dieta mais histórica e que perdura por mais tempo. Qual é a ideia por trás de uma alimentação baixa em carboidratos e rica em proteínas? Esta ideia tem pesquisas substanciais a apoiando? Existe alguma armadilha? Continue lendo para saber se uma variação desta dieta é boa para você.
Os fundamentos da dieta low-carb
As principais razões por trás dos benefícios para a saúde de uma dieta baixa em carboidratos e rica em proteína derivam da escolha de alimentos que os nossos corpos foram projetados a consumir. Nosso mapa genético é virtualmente idêntico ao dos nossos ancestrais caçadores-coletores, que caçavam animais, pescavam e colhiam alimentos como vegetais, frutas vermelhas e nozes. Eles consumiam poucas quantidades de grãos e açúcar (exceto por uma quantidade ocasional de mel). Essencialmente, nossos corpos foram projetados para serem nutridos da mesma maneira que os nossos antepassados caçadores-coletores. Alimentar nossos genes com estes alimentos é o que fornece ao nosso corpo a “matéria-prima” necessária para o funcionamento ideal dele. Diferentemente dos nossos ancestrais, nós temos acesso aos alimentos refinados (açúcar e farinha, por exemplo) e gorduras que causam danos (óleos e gorduras hidrogenados, comidas fritas e óleos produzidos comercialmente) – comidas que nossos corpos não foram feitos para consumir. Com o aumento no consumo de alimentos processados, industrializados e refinados, aumentou também a incidência de doenças cardíacas, câncer, obesidade, diabetes e outras doenças que consideramos comuns hoje em dia.
As análises mais recentes sobre a nutrição dos caçadores-coletores determinou que, sempre que possível, os caçadores-coletores consumiam mais aliementos de origem animal do que alimentos de origem vegetal. A composição das calorias de uma dieta deles variava de 19% a 35% de proteínas, 28% a 58% de gorduras e 22% a 40% de carboidratos não refinados. Estas médias resultavam em 35% de alimentos de origem vegetal e 65% de origem animal. Compare isso com a composição nutricional média dos americanos: 15% proteína, 34% gordura, 49% carboidratos (a maior parte vindo de grãos refinados como açúcar e farinha branca) e 3% de álcool. Essencialmente, tradicionalmente, a dieta dos caçadores-coletores é naturalmente baixa em carboidratos.
Algumas confirmações fascinantes dos benefícios para a saúde no consumo de alimentos tradicionais vem do trabalho de um dentista chamado Weston A. Price. No ano de 1930, Dr. Price viajou pelo mundo para estudar os efeitos da dieta “moderna” na saúde dos dentes. Ele descobriu muito mais benefícios nas dietas tradicionais, além da saúde dental. As diferenças entre as pessoas que tinham consumido uma dieta tradicional desde o nascimento e àquelas que tinham se empanturrado de açúcar, farinha branca e refrigerantes foram assustadoras. Os alimentos tradicionais produziram dentes bem espaçados, poucas a nenhuma cárie, comportamento alegre e saúde vibrante. Aqueles que tinham adotado uma dieta mais “civilizada”, sofreram de mandíbulas comprimidas, com dentes encavalados, cáries, disfunções mentais e doenças. Até os dias de hoje, pode se observar que as pessoas que consomem mais uma dieta “dos caçadores-coletores modernos”, não sofrem de doenças cardíacas, hipertensão, diabetes, câncer ou osteoporose.

Vamos à lista de alimentos que se pode comer qto quiser. A vontade mesmo. Melhor que cardápios engessados, faça seus cardápios combinando o que quiser.
CARNES: Bacon, Bife, Carneiro, Porco e seus miúdos.
PEIXES: Atum, Linguado, Salmão, Solha, Truta, etc.
AVES: Frango, Ganso, Pato, Peru, etc.
CRUSTÁCEOS: Camarão, Lagosta, Mariscos, Mexilhão, Ostras, etc.
QUEIJOS: Permitidos todos os queijos CURADOS, amarelos, gordurosos.
OVOS
CREME DE LEITE
Creme de leite de lata ou fresco. Nata é ainda melhor.
VERDURAS PARA SALADAS:
QUANTIDADE PERMITIDA DE HORTALIÇAS:
NÃO HÁ RESTRIÇÃO DE QUANTIDADE PARA VEGETAIS FOLHOSOS
Alface (todos os tipos), Alface romana, Azedinha, Azeitonas, Brotos de alfafa, Cebolinha, Chicória, Cogumelos, Endívia, Erva-moura, Ervas para salada (endro, tomilho, manjericão, coentro, rosmaninho, orégano), Escarola, Funcho, Pepino, Pimentas, Rabanete, Radicchio, Salsa, Rúcula, Batata Yacon. Acelga, Abacate, Abóbora, Abóbora-moranga, Abóbora-espaguéti, Abobrinha, Alho-poró, Aspargo, Berinjela, Brócolis, Broto de bambu, Brotos de feijão, Castanha-d'água (Eleocharis dulcis), Cebola, Cebolinha-verde, Chucrute, Couve, Couve-flor, Couve-rábano, Espinafre, Vagem, Folhas de beterraba, Folhas de dente-de-leão, Nabo, Quiabo, Raiz de aipo, Repolho, Ruibarbo, Tomate, Vagem de ervilha de neve (Ervilha torta)
GUARNIÇÕES DE SALADA: Bacon tostado esfarelado, Creme azedo, Cogumelos fritos em pedacinhos, Gema de ovo cozida e picada, Queijo picado.
ESPECIARIAS: Todas sem açúcar, a gosto.
TIRA-GOSTOS E ANTEPASTO: Camarão, Coxinhas de galinha, Galantina, Ovos à la diable, Patê (caseiro), Queijo tipo parmesão, Salsichas (com cuidado porque pode conter amido), Sardinha.
BEBIDAS: Água, Água com gás, Água de fonte, Água mineral (Seltzer com sabor/aroma que seja "sem calorias"), Água com sabor.
Café, Chá de ervas, Chá, Chá gelado com adoçante.
Refrigerante diet, light e zero (os produtos de soda-laranja naturais e artificiais contêm um pouco de carboidratos e podem ser uma de suas fontes de uns poucos gramas)
GORDURAS E ÓLEOS
Numerosos tipos de gordura, especialmente certos óleos, os óleos que contêm ômega-3 (EPA, óleo de salmão) são valiosos. Use gordura de porco, manteiga e óleo de coco para frituras.
ERROS COMUNS A EVITAR NA ALIMENTAÇÃO:
1 - Note que nos primeiros 14 dias não contém frutas, pão, cereais, verduras ricas em amido, e outros produtos lácteos que não queijo.
2- Evite produtos dietéticos, a menos que contenham especificamente no rótulo a garantia "Isento de Carboidratos" . A maioria dos alimentos dietéticos destina-se a dietas com restrição à gordura, e não a carboidrato.
3- O aviso "Não contém Açúcar" é insuficiente. O produto precisa informar qual o conteúdo de carboidrato, e é por essa informação que você deve se orientar.
4 - Numerosos produtos em que você não pensa normalmente como alimentos, como goma de mascar, xarope e comprimidos para tosse, estão cheios de açúcar ou outros adoçantes calóricos e devem ser evitados.
DICAS
Não tem porque esse começo ser difícil!!! Há tantas combinações gostosas que são possíveis, centenas de vezes mais que qualquer dieta de fome por aí (em que as pessoas, paradoxalmente, reclamam muito menos!!).

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